Elas estão chegando, rompendo antigos paradigmas e conquistando cada vez mais espaço na boleia e nas estradas, esta já é uma realidade, há cada vez mais mulheres nas estradas do Brasil, conforme indicam dados do Ministério das Cidades, no ano de 2020, havia cerca de 160 mil mulheres aptas a conduzirem veículos pesados no país.
Mas essa não é uma conquista tão recente quanto parece. A história de mulheres no comando de caminhões pelas estradas do Brasil começou com a sergipana Neiva Zelaya, que em 1950, após o falecimento de seu esposo, foi em busca da sua independência financeira para criar seus quatro filhos. Na tentativa de conquistar sua autonomia, Neiva foi a primeira mulher do país que tirou carteira de motorista de veículos pesados, e logo em seguida comprou o seu primeiro caminhão e passou a viajar pelas estradas de Brasil fazendo fretes.
O transporte logístico rodoviário, é responsável por 60% das cargas transportadas no país, sendo assim, caminhoneiros (as) são responsáveis pelo abastecimento de mercadorias em toda a extensão do Brasil, além de, impactarem diretamente o Produto Interno Bruto (PIB) devido à distribuição de riquezas, ou seja, sem os caminhoneiros (as) a economia do país congela.
Apesar de tamanha a importância da profissão para a população e para a economia nacional, as mulheres inseridas nesta profissão enfrentam desafios que vão além dos preconceitos de gênero, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) o país tem 1,7 milhões de quilômetros de estradas, mas apenas 12% delas é pavimentada. Outro fator que acomete o dia a dia das mulheres na profissão, é falta de banheiros femininos nos postos de combustíveis à beira das estradas e a escassez de hospedagens. Estes são alguns dos desafios que refletem a realidade enfrentada por caminhoneiras no seu dia a dia de trabalho.
Mesmo com os desafios encontrados no caminho, elas não desistem e seguem abrindo portas rumo a liberdade, independência financeira, empoderamento e protagonismo de suas carreiras. A expectativa é que o número de caminhoneiras cresça ainda mais, isso devido ao índice de benefícios que mulheres no volante podem trazer para empresas. Segundo informações do Detran, 70% das infrações de trânsitos são causadas por homens, 65% dos homens têm o hábito de avançar o sinal amarelo, enquanto, entre as mulheres, essa porcentagem cai para 15%.
Esses dados são um grande aliado das mulheres na luta por espaço nas entradas, empresas de logística e transporte passaram a criar projetos de inclusão de mulheres motoristas, o que tem auxiliado no crescimento de caminhoneiras no Brasil.
Uma homenagem da Pradolux a todas as mulheres!
Um feliz dia da Mulher!
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